Há coisas na vida que não se vendem.

Na vida há coisas que não se vendem, e são tantas que não teria tempo nem cachola para enumerar tudo, mas das coisas que eu nunca venderia por exemplo, são as minhas recordações de infáncia e de juventude, essa idade de ouro em que temos o mundo inteiro na mão e nos estamos marimbando para tudo e para falsos pudores etc.
-Da minha juventude destaco como lembranças entre outras a minha passagem por Lisboa e as Férias passadas na minha terra Natal (Atães-Vila Verde) e os anos que passei como tripulante dos Navios de Cruzeiros, pois devido a essa actividade profissional dei várias voltas ao Mundo...Sim, ao nosso Mundo.
Porque vem à baila os cruzeiros?...Vem á baila porque esses tempos passados a trabalhar no Mar deixaram-me marcas indeléveis para sempre, pois o Mar é como uma amada, que às vezes dizemos mal dela, mas está sempre no nosso pensamento, é essa massa de água que abraça o resto da Terra que me fascina e fascinou o homem ao longo dos séculos, que se agiganta qual "Adamastor", que nos põe medo e que nos afaga ao mesmo tempo, qual Génio nascido não se sabe como,nem de onde, que nós amamos e respeitamos.
-É esse Mar que eu adoro e não sei porquê, não consigo viver distante, e que a partir de certa altura passou a fazer parte da minha vida.

-(Fernando Oliveira).

(em baixo praia da Póvoa de Varzim, vídeo do autor)